“Eu esperava que ia ser algo maravilhoso, todos me diziam isso…”
Esta parece ser a fala da maioria das mulheres ao descreverem sua primeira relação sexual, e o tom de frustração com o qual se diz, é mais um motivo para se pensar e repensar nas informações que são, e como são passadas aos adolescentes.
A mídia: revistas, TVs, cinema… descrevem a “primeira vez” de uma forma poética, romântica ou “descolada” para atingir os adolescentes, (aumentando a audiência e venda de ingressos), que tomam para si a imagem de “algo maravilhoso” com sinos batendo, borboletas voando… um momento mágico e único que pinta todo o mundo de “cor de rosa”, mas a realidade pode até ser parecida com isso, mas geralmente não é, pois não estão preparados para viverem esta experiência. O nervoso, o medo, a improvisação do local… muitos fatores contribuem para a frustração de uma relação levada pela paixão, pela pressão do namorado e até mesmo das “amigas”.
Com o passar dos tempos, é sempre mais cedo o início da vida sexual de meninos e meninas. Em 2011, uma pesquisa revelou que a média de iniciação a vida sexual era de 14 anos para os meninos e de 15 anos para as meninas, mas já existe uma grande incidência de meninas entre 11 e 12 anos que já mantêm uma vida sexual ativa.
Embora, elas se achem modernas e “ antenadas” por estarem “fazendo coisas de adultos”, prejudicam sua saúde e seus corpos, que ainda não estão preparados para viverem essa situação, além do risco de uma gravidez, o uso de anticoncepcionais muitas vezes acompanhados pelas mães que tentam uma forma de minimizar os problemas dessa precocidade, causam transformações no corpo em desenvolvimento, podendo levar a sérias doenças, além do dano psicológico e social que pode se desenvolver com o passar dos tempos.
É importante os adolescentes vivenciarem essa fase linda da vida, de uma forma tranquila, procurando curtir mais os amigos, a família e os namoradinhos sim, mas dentro do limite da idade.
Aprender que além do sexo e principalmente antes dele, existem coisas igualmente prazerosas para se fazer a dois, que vão levar ao conhecimento de si mesmo e do outro, e que isso contribuirá para que maduros e cientes das responsabilidades possam ter uma “primeira vez” de mais prazer e cumplicidade; de uma forma mais elaborada, se descobrindo e encontrando o amor, que faz realmente valer à pena a entrega total de um ao outro.
Ainda é preciso pensar, que após a primeira relação, dificilmente conseguirá ficar sem o sexo, e quando se é muito jovem, os relacionamentos geralmente são intensos e passageiros, e isso conduzirá a uma troca grande de parceiros, podendo aumentar o risco de doenças sexualmente transmissíveis e uma baixa auto-estima motivada pelas constantes separações.
Não é preciso ter pressa.
Não é vergonhoso ser VIRGEM.
O sexo realmente bom é aquele feito com amor e por amor e que a modinha não te conduza por caminhos que não venha a atender aos seus verdadeiros anseios.