Espaço na família.

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O que é uma família?

Entre as 10 definições contidas no Dicionário Léxico,  a 5ª –   Aglomerado de pessoas ligadas através do casamento, da adoção ou da afinidade; é a que mais atende  ao modelo de família nos tempos modernos.

Antigamente, quando o divórcio ainda era um tabu, as famílias eram constituídas de pai, mãe e filhos geralmente consanguíneos, salvo raros casos de adoção ou tutela, que moravam na mesma casa até o casamento e muitas vezes até depois dele, pois geralmente  tinham a mesma profissão e juntos trabalhavam.

Os filhos obedeciam aos pais enquanto vida eles tivessem, sendo ignorada a maioridade ou independência financeira. Bastava um olhar para que os filhos entendessem a repreensão dos pais.

Com a modernidade, a televisão chegando aos lares, telefone, enfim com a propagação da mídia escrita e falada, o mundo globalizado trouxe ao conhecimento geral, novas culturas, novos hábitos, maneiras diferentes de ver e viver a vida.

Os filhos passaram a ser menos dependentes dos pais, tendo mais estudo, melhores salários, construindo um leque de amigos diferentes daquele em que foram criados, desenvolvendo formas diversas de pensar e agir.

Ao grupo de pais que vivenciaram essa transição, especialmente aos que cresceram sob regime impositivo, ficou muito difícil aceitar e adaptar-se as mudanças sociais.

Entender que o filho hoje já não permite ou não deseja  a intervenção dos familiares  nos seus planos de vida, vai depender de um diálogo franco e cordial, para que  essa atitude seja entendida  como um sinal de independência e amadurecimento e não  compreendido como desafeto.

Porém, a experiência dos mais velhos, não deve ser desprezada, pois muitos erros poderiam ser evitados se observado fosse eventos passados. A vida é um aprendizado,  ninguém nasceu sabendo e ninguém tudo sabe, para isso existe a família e a sociedade, para troca de experiências e conhecimentos. Para evolução e aprendizado. Sempre atentos para respeitar o espaço e autoridade um dos outros.

O espaço de cada um  pode ser definido como a área ao redor do corpo que normalmente se  permiti que certas pessoas ultrapassem, ou ainda,  o limite de opiniões e conselhos que se está disposto a admitir.

Como definição é perfeito, mas  é fundamental que antes  de se criar a barreira de proteção, os filhos devem lembrar  de que não existe visão de 360º e muitas coisas passarão desapercebidas se na retaguarda não tiver um pai, uma mãe, um familiar  lhe servindo de retrovisor para mostrar o que não está sendo visto.

E aos pais, cabe a sabedoria e o discernimento de abordar determinados assuntos em momentos oportunos, evitando que o filho não se sinta invadido, ou desprovido de autoridade.

E quando esses princípios de espaço e autoridade são violados, ainda cabe a compreensão e o respeito mútuo, base primordial para qualquer relacionamento humano.

 

 

 

 

A importância de saber ouvir.

 

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A importância de saber ouvir.

Ouvir é o mais importante dos sentidos nas relações interpessoais. Seja na família, na escola, no trabalho, na sociedade, saber ouvir é imprescindível, porque saber ouvir com certeza evita muitos conflitos.

Ouvir é muito mais do que perceber as palavras, é entender. No dia a dia, com tantas atribuições, preocupações, corre-corre, não mais se presta atenção ao que as pessoas têm a dizer, antes que uma frase seja completada a resposta já vem em seguida, de maneira fria, insensível e muitas vezes equivocada.

É de muita sabedoria, ouvir o outro até o final, analisar e depois sim responder. O livro “O Monge e o Executivo” diz que quando interrompemos as pessoas no meio de uma frase, enviamos algumas mensagens negativas:

  • Não prestamos atenção ao que foi dito por estarmos pensando nas respostas.
  • Nos recusamos a ouvir, desvalorizando a opinião do outro.
  • Consideramos a nossa opinião mais importante que a do outro.

Diante dessas considerações, é fácil de entender porque existem tantos desentendimentos, incompatibilidades  e problemas de relacionamentos em geral.

Como se manter um relacionamento saudável, se ao outro não é dado o direito de manifestar sua opinião?

É preciso rever a forma de se comunicar. No âmbito profissional, pode-se perder um grande negócio ou mesmo uma parceria lucrativa, por falha de comunicação, por não dar ao outro a oportunidade de expor suas ideias, e assim ser visto como arrogante e autoritário.

Já no âmbito pessoal, os danos podem ser maiores e em muitos casos, irreparáveis.  Acima de qualquer sucesso profissional, o homem tem a necessidade de estar bem com a família para ser feliz. Um bolso cheio de dinheiro traz divertimento, companhias, aquisições de bens materiais… mas não traz o carinho, o afeto verdadeiro, o aconchego e a paz interior. Assim é preciso aprender a ouvir, analisar a proposta e aí sim, emitir seu parecer a respeito, tendo sempre o cuidado de ser coerente e respeitar o outro como um “ser humano” pois uma palavra mal colocada pode destruir uma pessoa interiormente e criar barreiras intransponíveis, e  quanto mais próxima for a pessoa, mais cuidado tem que se ter no saber ouvir e no saber falar, para que a harmonia prevaleça.

Grande é o homem que reconhece no outro a mesma importância que dá a si próprio.

É Direito dos homossexuais?

Entre os diversos passeios pela internet, me deparei com uma matéria http://noticias.bol.uol.com.br/ultimas-noticias/entretenimento/2014/02/19/assumir-se-gay-apos-levar-uma-vida-hetero-e-mais-dificil-leia-historias.htm#fotoNav=2, entre muitos aspectos duas coisas me chamaram muito a atenção, uma a declaração de que uma pessoa dizia ter sido seu casamento heterossexual muito bom, considerado acima da média e que sentia falta dessa relação e outra neste depoimento:  “Tentei levar uma vida de heterossexual, mas não deu certo. Casei para provar a mim mesmo algo que eu não era, mas quando os gêmeos completaram dois anos decidi me separar, sair de casa e assumir minha opção”, conta Jackson.

Li e reli inúmeras vezes esse depoimento e me veio o questionamento, a mídia, a sociedade, os Poderes Constituídos, toda uma sociedade lutando e discutindo sobre os direitos dos homossexuais, sobre preconceito, sobre  homofobia, e isso é muito importante, porque nada justifica a violência. É preciso leis específicas para tratar dessa situação, e acabar com os abusos, mas que direito tem um homossexual de se casar sabendo da sua opção sexual, para provar a ele ou a sociedade que não o é?

E o direito do outro, onde está?

Quando se inicia um namoro, homem e mulher passam a construir sonhos, projetar um futuro a dois, construir uma família. Tudo gira em torno dessa expectativa, e   a confiança   é peça fundamental nesse relacionamento. Não existe uma garantia que vá dar certo, mas ninguém psicologicamente saudável assume um casamento pensando que vai dar errado. O casamento civil segundo o Wikipédia: é um “ contrato entre o estado e duas pessoas tradicionalmente com o objectivo de constituir família”. Ecomo em todo  contrato consta a qualificação de ambas as partes, assim em casamento hetero, as partes se declaram homem e mulher. É isso que se acredita, é nessa base que se constrói os laços do matrimônio,  e se o casamento não der certo, ocorrerá a separação  pela falha na realização do objeto, que será com certeza muito  dolorida, mas haverá a consciência  que houve erro de ambas as partes. Mas sair do casamento para se assumir homossexual é desqualificar  “a parte” no contrato, seria um tipo de “falsidade ideológica moral”, é declarar como verdade algo que se sabe não ser, é mentir.

E os danos que se causa no outro?  Como lidar com a sensação de ser usado? Como conviver com a humilhação diante da sociedade? Como entender o desmoronamento de um castelo que se imaginou ter um alicerce sólido, concreto?  O que dizer aos filhos? Como enfrentar os pais? Como superar as piadinhas que o perseguirão por uma vida inteira? Como acreditar em alguém novamente? Como reconstruir a vida depois de uma desilusão dessa magnitude?

No momento que tanto se busca os direitos dos homossexuais, é necessário se pensar também nos deveres e nas obrigações.   É abrir discussões,chegar a um entendimento. Seria um crime o homossexual entrar em uma relação “hetero”  para  se auto-afirmar ou se colocar diante da sociedade? É justo usar o outro para resolver seus problemas pessoais? Caberia  indenização por danos morais?

Diante de tanta mobilização social, definir legislação para garantir os direitos do homossexual é tão importante, quanto legislação que garanta os direitos dos heterossexuais também. Afinal,  conforme declara  a CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL, no seu  Art. 5º:  Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza…”

E para que se possa refletir e discutir, fica a  frase:  “… o direito de um acaba onde começa o direito do outro.”